Desde que na semana passada o Ministério da Saúde autorizou a redução da idade mínima para realização de cirurgia bariátrica, de 18 para 16 anos, especialistas passaram a questionar a existência ou não de uma idade mínima ideal para o procedimento.
O assunto, inclusive, foi abordado durante a realização do 1º Simpósio de Cirurgia Bariátrica e Doença Metabólica, realizado neste final de semana, no Pestana Bahia Hotel.
De acordo com o cirurgião bariátrico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Erivaldo Alves, se por um lado existe uma necessidade de aprofundar as discussões sobre o assunto para que se possa encontrar um consenso que norteie a atuação dos profissionais de saúde, por outro, há uma realidade preocupante que mostra um crescimento dos quadros de obesidade e síndrome metabólica entre crianças e adolescentes em todo o país.
“A obesidade traz consigo uma gama de problemas que colocam em risco a sobrevivência e a qualidade de vida dos nossos jovens”, pontua o médico.
O médico explica que o problema do excesso de peso em faixas etárias mais jovens, além de impactar na autoestima e no desenvolvimento das relações sociais dessas pessoas, ainda amplia as predisposições para o surgimento de doenças crônicas como diabetes, acidente vascular cerebral (derrame) e hipertensão arterial em pessoas cada vez mais jovens.
Para ele, no entanto, quando um adolescente chega a um quadro onde essas doenças estão presentes, a cirurgia bariátrica pode ser o último recurso para garantir a sobrevivência com saúde. (As informações do Correio)
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