Em discurso no Theatro Municipal, o papa Francisco defendeu neste sábado (27) uma "reabilitação da política" por meio de visão humanista, com inclusão social e erradicação da pobreza. Em um período de protestos contra governantes, ele definiu a política como "uma das formas mais altas de caridade". O pontífice propôs um "diálogo construtivo" como solução possível entre a "indiferença egoísta" e o "protesto violento".
— O futuro exige a tarefa de reabilitar a política, uma das formas mais altas de caridade.
Ao fazer a afirmação, ele falava sobre responsabilidade social na formação de novas gerações em linha com valores éticos. Francisco voltou a falar sobre a esperança, "com constância e coragem", para enfrentar desilusões.
Para ele, a sociedade avança quando o diálogo e a "cultura do encontro" são cultivados. Francisco citou o diálogo entre gerações, povos e meios de comunicação.
O papa falou ainda em "humildade social", em que cada um tem algo bom a compartilhar e pode receber algo bom em troca. "Essa atitude aberta e disponível", acrescentou ele, favorece o diálogo.
— Ou apostamos na cultura do encontro ou todos perdemos. Por aqui, vai o caminho fecundo.
O pontífice ouviu apresentação de Orquestra Sinfônica no Theatro Municipal e recebeu homenagens de crianças. Em discurso ao papa, Valmir Junior, da Pastoral da Juventude da Arquidiocese do Rio de Janeiro, lembrou as mortes decorrentes do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS), e da Chacina da Candelária, que completou 20 anos nesta semana. (As informações do R7)
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