Ao todo, 317 municípios baianos solicitaram adesão ao programa Mais Médicos para o Brasil. Juntas, essas cidades apresentaram demanda e capacidade para 1.382 médicos atuando na atenção básica. O balanço foi divulgado ontem pelo Ministério da Saúde — mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido de liminar para suspender o programa feito esta semana pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Lançado há pouco mais de duas semanas pela presidente Dilma Rousseff, via medida provisória, o programa pretende distribuir médicos brasileiros e estrangeiros em cidades com carência de profissionais e ampliar o curso de Medicina em dois anos. A iniciativa encontrou resistência da classe médica e de faculdades de Medicina. O primeiro mês de inscrições terminou à meia-noite da última quinta-feira. O segundo mês de adesão terá início no dia 15 de agosto.
No Brasil todo, 3.511 municípios se inscreveram no programa — o que corresponde a 63% do total de prefeituras no Brasil e a 92% das consideradas prioritárias. Ao todo, as cidades cadastradas solicitaram 15.460 médicos para atuar na atenção básica.
A região Norte teve a maior participação de seus municípios (73%), seguida de Sul (68%), Nordeste (66%), Centro-Oeste (60%) e Sudeste (55%). Entre os estados, destacam-se o Amazonas (97%), Amapá (94%), Acre (86%), Rondônia (85%), Ceará (82%), Roraima (80%), Bahia (76%), Piauí (74%), Pará (73%), Paraná (72%) e Espírito Santo (71%).
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a forte mobilização de estados e municípios, em especial daqueles situados em áreas prioritárias. “Nenhuma região teve índice de adesão menor do que 55%. Com esse mapeamento, teremos mais clareza do esforço que deveremos fazer para atender à população”, declarou o ministro. Os médicos do programa receberão bolsa de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em Atenção Básica durante os três anos do programa.
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