domingo, 25 de maio de 2014

GESTÃO DE IRMÃ DULCE FOI PENSADA PARA HUMANIZAR SAÚDE

As receitas empresariais de sucesso pregam a prática de criatividade e ousadia que, se somados ao carisma do gestor rendem milhões. Se ela ou ele tiverem boas ferramentas na área de comunicação, o negócio se torna ainda mais sólido. Irmã Dulce exercitou à perfeição essas habilidades. Para transformar um galinheiro em uma obra que inclui complexo hospitalar moderno, com espaço para pesquisa e formação, e uma instituição sócio-educadora, ela não fez nenhum curso de gestão. O combustível foi a vontade de diminuir ou fazer desaparecer o sofrimento alheio.

O corpo franzino não impediu a velocidade do cérebro para criar caminhos que viabilizassem a Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), uma instituição-referência. De alicerce sólido a ponto de resistir à ausência física da sua fundadora, a Osid tem números que impressionam.

São quatro milhões de atendimentos ambulatoriais por ano em uma rede que é totalmente ligada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Além do Hospital Santo Antônio, há também o Hospital Infantil e o Centro Geriátrico. A Osid tem centros de referência em áreas tão diversas como reabilitação física e motora até tratamento contra a dependência ao álcool e outras drogas.

Além disso, passou a administrar unidades de saúde externas à sua rede como os hospitais São Jorge, em Salvador; do Oeste (Barreiras); Eurídice Santana (Santa Rita de Cássia); da Criança, em Feira de Santana e Regional Dr. Mário Dourado Sobrinho, em Irecê.

"O foco de Irmã Dulce sempre foi atender o maior número de pobres e com a melhor qualidade possível", destaca Maria Rita Pontes, sobrinha de Irmã Dulce e sucessora no comando da Osid. Um episódio relatado por Maria Rita ilustra como Irmã Dulce tinha noção sobre a força do marketing. Antes da construção do Cine Roma, o cartão de visitas do Círculo Operário, ela estava atenta à arquitetura. "Ela disse que a obra tinha que ter uma bela fachada, pois assim as pessoas iam contribuir, pois ninguém quer ajudar o que não vê", relata Maria Rita. (As informações do A Tarde)

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