A presidente Dilma Rousseff ficou “chateada” e “surpresa” com as críticas do ex-jogador Ronaldo Fenômeno aos atrasos das obras para a Copa do Mundo que se inicia no próximo dia 12 de junho. A pessoas próximas, ela demonstrou “contrariedade” com as declarações consideradas “despropositadas” do ex-atacante, que ocupa posto de destaque no Comitê Organizador Local da Copa (COL) desde 2011.
Mesmo com o mal-estar causado, a ordem no Palácio do Planalto, neste primeiro momento, é não : 'polemizar nem rebater publicamente as críticas de Ronaldo, considerado “fora de moda”, mas com uma história no universo do futebol. “Ele que fale o que quiser”, disse um auxiliar presidencial. As críticas de Ronaldo ocorrem após o ex-jogador ter postado, em abril, foto em uma rede social na qual chamou de “futuro presidente do Brasil” o candidato presidencial tucano e senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Na avaliação interna do governo, se fosse para ter alguma resposta, deveria partir do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, considerado “pai da criatura” e apontado como padrinho da indicação do ex-atacante ao COL, à época comandado pelo então presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Parte do governo viu na atitude de Ronaldo, embora considerada “ingrata”, uma forma de responder aos críticos por sua postura amena com o governo. O ex-companheiro e hoje deputado Romário Farias (PSB-RJ) e o escritor Paulo Coelho criticaram a posição de Ronaldo de forma veemente.
Desde que assumiu o posto no COL, Ronaldo se tornou um dos principais garotos-propaganda do Mundial, participando de vários eventos dos jogos realizados nas cidades-sede e no exterior. Em fevereiro, Dilma, por exemplo, entregou ao papa Francisco, bola assinada pelo ex-atacante em evento em que a petista pediu apoio ao pontífice para a divulgação de mensagens de paz e de luta contra o preconceito durante a Copa. (As informações do Estadão)
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