O Sindicato dos Rodoviários de Salvador informou, neste sábado (3), que, caso não sejam reabertas as negociações entre a categoria e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setps), não haverá outro caminho, senão a paralisação das atividades na capital às vésperas da Copa do Mundo. O presidente da entidade, Hélio Ferreira, afirmou que a última reunião com o patronato foi realizada no dia 28 de abril, quando o Setps teria decidido encerrar as discussões salariais.
“Eles não nos ofereceram nada. Solicitamos mais duas rodadas, mas simplesmente decidiram suspender as conversas. É um desrespeito”, reclamou o representante dos trabalhadores. Segundo Ferreira, os rodoviários pedem reajuste salarial de 15%, ticket alimentício de R$ 20, plano de saúde amplo e participação nos lucros das empresas. O assessor de relações institucionais do Setps, Jorge Castro, admitiu o bloqueio das negociações e classificou as reivindicações da categoria como “absurdas”.
“Tivemos seis reuniões, mas a pauta de reivindicações é muito pesada, inviável. Além dos reajustes, eles querem diminuição da jornada para seis horas e passe livre para todos os trabalhadores aposentados. Se relacionar todos esses itens, o aumento vai para quase 60%. Como vamos fazer uma oferta com pedidos assim? Estamos dispostos a discutir a questão salarial, mas queremos que eles suspendam os absurdos”, decretou. De acordo com Castro, o sindicato dos rodoviários “tenta relacionar o movimento ao Mundial, para pressionar o patronato” e, por conta disso, a questão “deveria ser tratada com urgência pela Superintendência Regional do Trabalho e pelo Ministério Público”. (As informações do BN)
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