Fotos encontradas em celulares apreendidos por agentes penitenciários revelam como os "chefes" do crime custodiados na penitenciária Lemos de Britto, em Salvador, tinham acesso a privilégios como liquidificadores, pilhas de cerveja, churrasco e até bicicleta ergométrica dentro da unidade. Segundo o presidente do Sindicado dos Agentes Penitenciários da Bahia (Sinspeb), Reivon Pimentel, no local também ocorre prostituição, após negociação entres os próprios detentos.
De acordo com informações divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira (2), munidas com os nomes dos "chefes", as prostitutas passam pela portaria com facilidade para a realização dos programas. "Até caminhão-baú fechado entra no complexo e ninguém revista", conta Pimental. Em uma das fotos é possível ver presos num momento de confraternização, com direito a churrasco, dentro da unidade prisional.
Ainda segundo o jornal, um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Estadual (MPE) pode resultar na interdição da Lemos de Britto. E, em nota, o governo da Bahia, responsável pela administração do local, disse que há "um pouco de exagero" nas denúncias apresentadas pelo sindicato, mas que serão tomadas medidas de fiscalização.
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