Em um Ba-Vi no qual a técnica não foi o forte, a raça, como de costume, prevaleceu. E, no fim do jogo, ela brilhou mais para o lado do Bahia, que, apesar do empate em 1 a 1, saiu de campo sentindo um sabor de triunfo neste domingo, 1º. Além de a partida ter sido no Barradão, com maioria rubro-negra nas arquibancadas, o Tricolor atuou com um atleta a menos desde os 26 minutos do primeiro tempo, quando Pittoni foi expulso após dar um soco em Neto Baiano. Para piorar, àquela altura, o placar apontava 1 a 0 para o Leão.
O jogo - Diferentemente do que o contexto poderia supor, o Bahia não ficou intimidado. Na prática, a partida seguiu com um panorama semelhante ao que vinha apresentando: com equilíbrio entre os times, tensão e excesso de vontade. Não por acaso, foram 12 cartões. Um vermelho e 11 amarelos. Já o tento que abriu o placar presenteou um personagem que tem tudo a ver com o clássico. Neto Baiano, que vinha fazendo temporada abaixo da crítica, mostrou sua velha raça e faro de gol. Aos 17 minutos do primeiro tempo, aproveitou o rebote da boa defesa do goleiro Jean para soltar a bomba e estufar as redes .
Foi o sétimo gol de Neto em Ba-Vis. Ele é também o maior artilheiro da história do Barradão, agora com 53 tentos.
Após o gol, o Bahia, curiosamente, cresceu em campo. Foi a deixa para Fernando Miguel brilhar. Sua primeira grande defesa foi aos 23 minutos, após cabeçada de Titi. O Vitória, por outro lado, só não ampliou o marcador porque o árbitro não viu pênalti aos 21 minutos, quando Thales foi com as travas da chuteira nas costas de Neto e ainda botou a mão na bola.
Mudanças cruciais - No segundo tempo, a raça tricolor foi recompensada. Em parte graças à substituição de Souza por Bruno Paulista e, principalmente, à de Léo Gamalho, inútil em campo, pelo velocista Willians Santana. Com essa formação, o Bahia dominou boa parte da etapa final. Aos 10 minutos, Fernando Miguel fez defesa espetacular quando Bruno Paulista cruzou para Kieza, que acertou cabeçada fulminante. Um minuto depois, porém, não houve jeito. Willians arrancou e passou para Kieza, que bateu. Fernando Miguel até defendeu, mas, no rebote, Maxi foi mais esperto do que Euller e cabeceou para o gol vazio.
A partir dali, o Vitória, que estava acomodado, lutou para reagir. Porém, esbarrou em sua deficiência técnica. Vander, que fizera um bom primeiro tempo, passou a ser dominado pela marcação. Escudero seguia apagado enquanto Jorge Wagner limitava-se a passes burocráticos e chutes tortos. Quando acertou, em cobrança de falta, parou na linda defesa de Jean. Elton, por sua vez, que atuou toda a etapa como substituto de Neto Baiano, chamou a atenção por perder um gol feito. Aos 31, sozinho na pequena área, cabeceou para cima. Aos 40, o estreante Rhayner chutou fraco, na mão do goleiro.
Nos acréscimos, a situação rubro-negra só não ficou pior porque Rômulo, após driblar Fernando Miguel, perdeu o ângulo e chutou para fora. O lance resumiu o clássico: se não foi tecnicamente brilhante, ele valeu, e muito, pela emoção. (As informações do A Tarde)
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