quinta-feira, 2 de abril de 2015

AMBULANTES TEMEM PERDA DE POSTOS DE TRABALHO EM ESTAÇÕES

Representantes das associações de ambulantes das estações da Lapa, do Iguatemi, de Pirajá e de Mussurunga reuniram-se, na manhã desta quarta-feira, 1º para discutir a garantia do espaço de trabalho. A categoria teme perda dos postos após reforma da Nova Lapa e a construção das linhas do metrô.

No encontro, realizado na Lapa, os trabalhadores decidiram paralisar o trânsito na região da estação de transbordo, na próxima segunda, 6, caso não sejam esclarecidos sobre o futuro dos seus postos de trabalho. De acordo com o presidente da Associação dos Feirantes e Ambulantes de Salvador e Região Metropolitana (Asfaerp), Marcos Luiz Almeida, mais conhecido como Cazuza, cerca de 370 credenciados serão prejudicados com as obras.

"Fora os que não são cadastrados, mas dependem desse trabalho para viver. O poder público tem que pensar nos mais pobres também", acrescentou Cazuza. Nuzinete Souza, que atua na estação do Iguatemi, está com medo. "Cada dia chega uma notícia nova. Os boxes foram pagos por nós, com a ajuda do governo do estado. Mas não nos avisam nada, vão deixar para nos pegarem de surpresa?".
O mesmo acontece com os vendedores da estação de Mussurunga, que também sofrerá modificações com a linha 2 do metrô.

Já em Pirajá, os problemas estão mais visíveis. "Nosso espaço está cada dia mais reduzido e muitos desistiram. Mas eu preciso deste local para manter minha filha", destacou a baleira Ivanilda Pereira.

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur), as decisões com relação aos trabalhadores são de responsabilidade da CCR Metrô. A concessionária é responsável pela construção e operação do sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas. A equipe de A TARDE não obteve resposta da CCR Metrô até o fechamento desta edição.

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