Ao contrário da previsão da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), de concluir neste domingo, 5, a recuperação da adutora danificada pelas obras no metrô, o serviço não pôde ser finalizado por conta do risco de desmoronamento de terra no local da intervenção, a 11 metros de profundidade. Com isso, 60% da capital baiana continua com o abastecimento afetado. A Embasa e a CCR Metrô Bahia ainda não têm um novo prazo definido para que a falta de água seja sanada.
Além das 34 localidades com falta de água anunciadas anteriormente pela Embasa, outras 84 estão com o abastecimento ameaçado, entre elas Barra, Campo Grande, Horto Florestal, Pituba e Itaigara. Enquanto isso, moradores de diversos bairros de Salvador, como Uruguai, Bom Juá, São Caetano e Fazenda Grande do Retiro, que estão sem abastecimento há cinco dias, enfrentam uma maratona para conseguir água em locais como bicas, canos partidos e até em bueiros.
Uma rede de distribuição alternativa, de 500 metros de extensão e 1,5 metro de diâmetro, está sendo construída, com o objetivo de retomar o abastecimento nas localidades afetadas pela interrupção do serviço. Cinco frentes, com cerca de 270 técnicos e operários da empresa e da CCR Metrô, estão trabalhando para implantar a nova adutora. "Como o terreno mostrou-se instável, e para a segurança dos trabalhadores, concentramos nossos esforços na conclusão dessa linha paralela", disse, por meio de nota, o presidente da Embasa, Rogério Cedraz.
Um funcionário da CCR Metrô Bahia que atua nas intervenções disse, no final da tarde de ontem, que os serviços para implantação da rede alternativa estariam bem avançados. "A expectativa é que até a próxima terça-feira seja concluído e o abastecimento seja normalizado", disse ele. A informação, no entanto, foi negada pela Embasa. Já a CCR informou que esta previsão "é prematura neste momento".
Por meio da assessoria de imprensa, a CCR Metrô Bahia informou que atua com duas frentes de trabalho para regularizar a situação.
"O conserto da tubulação danificada foi suspensa, por questões de segurança. A instabilidade do terreno no local do vazamento impossibilitou as equipes técnicas e operários de seguirem trabalhando", consta do comunicado. (As informações do A Tarde)
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