segunda-feira, 6 de abril de 2015

FATA DE ÁGUA PROVOCA PREJUÍZOS NO COMÉRCIO EM SALVADOR; MOVIMENTO CAIU 40%

A água também fez falta para quem depende dela para ganhar dinheiro. Na tradicional Sorveteria da Ribeira, por exemplo, o domingo foi fraco. “Movimento caiu 40%. Domingo é o dia que mais enche. Esperávamos o dobro de clientes”, afirmou o funcionário Jeferson Passos. Foi preciso comprar 40 galões de 20 litros de água, a R$ 10 cada, para produzir o sorvete que seria vendido no final de semana.

Uma das responsáveis pelo restaurante Veleiros, também na Ribeira, Maria Aderaldo conta que para abrir as portas, domingo, também teve que comprar garrafões. “Foram quatro galões por R$ 20 cada. Não passamos isso aos clientes, mas temos prejuízos”, disse. No Humaitá, o gerente do restaurante que leva o nome do local vê sua receita diminuindo em cerca de 70%, por conta dos prejuízos e da necessidade de fechar mais cedo.

“Tivemos que abastecer o tanque com caminhão-pipa. Custou R$ 300, mas não dá conta de tudo e por isso temos fechado mais cedo. Na sexta mesmo levaríamos até 0h, mas tivemos que pedir desculpas aos clientes às 15h, por não ter mais água”, afirmou Márcio Ferreira.

A rotina do local também precisou mudar. Mariscada, que usa muita água no preparo, saiu do cardápio e os funcionários que moram perto, e também sofrem com o desabastecimento, tem precisado tomar banho no trabalho.

Enquanto muitos penavam para encontrar água, houve quem ganhasse dinheiro com o desabastecimento. Roberto Alfredo dos Santos, 29, se sustenta fazendo viagens com seu carrinho de mão. Ontem, ao invés de levar as compras do supermercado até as residências dos fregueses, como faz nos dias comuns, ele transportou galões de água entre a Ribeira e a comunidade da Mangueira. “Estou ganhando R$ 10 para levar os galões. Muita gente não pode ir buscar, aí eu vou”, explicou. (As informações do Correio)

Nenhum comentário:

Postar um comentário