Em evento com cerca de 3 mil petistas e sindicalistas na noite de terça-feira, 31, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um mea-culpa em relação aos erros do governo Dilma Rousseff na economia e disse estar "indignado" com a corrupção. Lula, no entanto, deixou claro que o motivo da crise é de natureza política, e não econômica, e conclamou os petistas a, em vez de hostilizar os manifestantes anti-Dilma, fazer o debate político de convencimento.
"Todos nós cometemos equívocos", disse Lula. "Poderíamos ter aumentado o preço da gasolina lá em 2012".
Depois de ouvir uma série de críticas do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, ao "tarifaço" do governo e ao "ajuste do (ministro Joaquim) Levy", o ex-presidente também citou o aumento da conta de luz, mas defendeu a realização do ajuste fiscal e disse que "nem tudo depende da Dilma".
Lula, que em conversas fechadas tem criticado a condução política do governo e defendido a tese de que a crise é política e não econômica, também aproveitou para mandar um recado indireto à presidente. "Se nós não errarmos na política, não vamos errar em nada." (As informações do Estadão)
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