A crise econômica já causou impacto sobre a arrecadação tributária da prefeitura de Salvador este ano. Dados obtidos pela Satélite com a Secretaria da Fazenda (Sefaz) apontam para uma queda de aproximadamente 25% nas receitas do município com o Imposto de Transmissão Intervivos (ITIV) no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2014. O ITIV é cobrado sobre compra e venda de imóveis novos ou usados. Com o mercado imobiliário em período de estagnação, o volume arrecadado vem caindo gradativamente.
O ISS, que incide sobre os serviços, também apresentou redução entre janeiro e junho. Embora ainda pequena, de 1,3%, a diminuição tende a ser maior até o fim de 2015, já que a taxação de ISS inclui também ramos considerados supérfluos em anos de crise. Tais como academias de ginástica, salões de beleza e restaurantes.
O IPTU foi o único imposto cobrado pela prefeitura com alta registrada no semestre passado, de 4,32%. Contudo, crescimento vem sendo corroído, mês a mês, pelo aumento de inadimplência. De janeiro a julho, quase triplicou o número de contribuintes de Salvador que deixaram de pagar cotas mensais do tributo. No futuro, terão que arcar com juros e multas por atraso.
Em comunicado ontem à imprensa, o secretário da Fazenda, Paulo Souto, evitou números, mas admitiu o impacto da crise sobre a arrecadação tributária em Salvador. Ainda assim, garantiu que há caixa suficiente para pagar contas em dias e manter investimentos previstos para este ano. Para Souto, graças ao ajuste fiscal implementado em 2013 pelo prefeito ACM Neto (DEM). (As informações do Correio)
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