quarta-feira, 30 de setembro de 2015

CPI DA PETROBRAS MIRA EM CONDUTA DE POLICIAIS DA LAVA JATO

Numa sessão esvaziada e que durou um minuto, deputados da CPI da Petrobrás aprovaram uma série de requerimentos para investigar a conduta de policiais federais que atuam na Operação Lava Jato. Criada para apurar detalhes do esquema de corrupção na petroleira, que envolve pagamento de propina de empreiteiras a políticos, a CPI pouco avançou e agora volta seu foco para a equipe responsável por desvendar as irregularidades praticadas na estatal.

Na quinta-feira, 24, o presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), convocou uma sessão extraordinária para votar apenas requerimentos direcionados a reunir informações sobre a conduta da PF. Além de Motta, estiveram presentes apenas outros três deputados, entre eles Luiz Sérgio (PT-RJ), relator da CPI, e Aluísio Mendes Filho (PSDC-MA). A sessão durou apenas um minuto e desagradou parlamentares que nem tiveram tempo de chegar ao plenário.

Utilizando o quórum registrado pela manhã daquele dia, quando a CPI colheu depoimentos, os quatro conseguiram aprovar cinco requerimentos: um pedido de informação ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre aquisição de equipamentos de inteligência pela PF; outro para que o diretor geral da PF, Leandro Daiello, preste informações sobre "equipamentos discretos de inteligência Modelo AT 160"; cópia de inquérito instaurado na Superintendência do Paraná que apura origem de escuta encontrada na cela do doleiro Alberto Youssef; quebra de sigilo de uma sindicância interna sobre o mesmo tema, além de convocação de seis delegados e dois agentes ouvidos nessa investigação.

Por fim, os deputados requereram da direção da PF informações sobre perícia feita nos computadores apreendidos no Núcleo de Inteligência da PF no Paraná. O deputado também já havia solicitado informações sobre outra investigação que apura suposta venda de dossiê para interessados em derrubar a Lava Jato, mas o pedido foi negado pela Justiça. Nesta terça-feira, a CPI já iniciou as oitivas aprovadas na quinta. Os delegados Mario Fanton e Rivaldo Venâncio e o agente José Eraldo de Araújo estão sendo ouvidos. O delegado Renato Herrera e a agente Maria Inês Slussarek não compareceram. (As informações do Estadão)

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