O fogo amigo do senador Walter Pinheiro contra o governo federal e o PT fez o presidente do partido na Bahia, Everaldo Anunciação, reagir e dizer que o parlamentar não pode cobrar falta de empenho da sigla na eleição de 2008, quando Pinheiro foi candidato a prefeito de Salvador pelo PT.
Em entrevista exclusiva ao A TARDE na edição deste sábado, 26, Pinheiro disse mais uma vez que pretende ficar "de fora" da disputa municipal em 2016. "Tenho dito: agradeço, mas (o convite) chegou com uma dose de atraso (...). Se houvesse o mesmo empenho de agora na eleição de 2008, certamente eu teria sido eleito prefeito de Salvador", declarou o senador.
"Pinheiro pode cobrar empenho de outras lideranças, mas não do PT, que foi para a campanha unido e determinado. O deputado Nelson Pelegrino foi o primeiro a vestir a camisa", afirmou Everaldo. Pinheiro e Pelegrino são antigos adversários internos no PT.
Governabilidade - Everaldo também discordou das críticas feitas pelo senador à reforma ministerial da presidente Dilma Rousseff. De acordo com o senador, as possíveis mudanças são apenas "ocupação de espaço" e alimentam brigas internas nos partidos. "Dilma não anunciou a reforma porque o PMDB não concordou com a manutenção dos nomes", disse Pinheiro.
Para Everaldo, no entanto, as negociações com o PMDB - que envolvem inclusive o Ministério da Saúde - são do "contexto da política".
"É assim mesmo. Ninguém pode esconder que é para garantir a governabilidade e resistir aos ataques do PSDB e do DEM. O Ministério da Saúde não é propriedade do PT nem direito adquirido", afirmou o presidente do PT na Bahia.
Paciência - Defensor da saída do ministro Joaquim Levy (Fazenda), o deputado federal Luiz Caetano (PT) disse que o partido precisa "ter paciência e ouvir Pinheiro, que é um grande quadro".
Caetano afirmou, porém, não concordar com o diagnóstico feito pelo companheiro de legenda sobre a reforma de Dilma. "Tem que ajustar a base dela no Congresso mesmo", declarou. (As informações do A Tarde)
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