O professor de segurança do trabalho Roverson do Espírito Santo Santana, 53 anos, morreu depois de ser esfaqueado durante uma tentativa de assalto no Barbalho, na noite de sábado. Esse foi o 17º caso de latrocínio em Salvador e na Região Metropolitana este ano e o terceiro em uma semana. Na última quinta-feira, 24, o policial rodoviário federal Marcelo Caribé de Carvalho, 28, foi baleado na cabeça depois de reagir a um assalto em um bar, na Pituba. Ele morreu no dia seguinte. Na segunda-feira, 21, o cabo da Polícia Militar Arisvaldo das Neves Santana, 47, foi morto em frente à Unijorge, na Avenida Paralela, após reagir a um assalto e trocar tiros com bandidos.
Os suspeitos tentaram roubar a namorada do PM. Amanhã fará um mês que a estudante de medicina Marianna Oliveira Teles, 22, foi morta quando chegava na casa do namorado, no Costa Azul. Há dois meses o publicitário Bau Menezes, 29, morreu ao tentar fugir de bandidos em Santo Agostinho.
Entenda o caso - Segundo a família da vítima, Roverson era professor do Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (Cefet) e estava a caminho de casa quando foi abordado por um homem armado. Depois de lutar com o assaltante, ele levou uma facada na panturrilha direita, por onde passa a veia femoral, que transporta grande quantidade de sangue, e morreu no hospital.
O crime aconteceu por volta das 23h30, na Rua Aristide Ático. O professor e o tio estavam voltando para casa depois de assistir à partida entre o Bahia e o Luverdense, em um bar no Barbalho, quando resolveram parar para beber uma cerveja com um amigo em outro estabelecimento e comemorar a permanência do clube no G-4 da Série B.
“Meu sobrinho foi me deixar em casa e depois iria para a casa dele, mas quando a gente estava passando pela minha rua um amigo nosso nos chamou para tomar uma cerveja”, contou emocionado o tio do professor, o aposentado Raul do Espírito Santo. Roverson parou o veículo Ford Ranger que dirigia próximo ao Dis Paula Bar e entrou no local para beber com o tio e o dono do estabelecimento. Depois de tomarem uma cerveja, o trio se despediu. Raul seguiu caminhando para casa, enquanto o professor andou em direção ao carro, até que foi surpreendido por um homem armado com uma faca.
“Eu estava caminhando quando ouvi meu sobrinho dizer ‘Calma! calma!’ e, então, olhei para trás. Vi um homem correndo atrás dele com uma faca tipo peixeira nas mãos e ele tentando escapar, correndo ao redor do carro. Eu corri para ajudar”, contou Raul.
Briga - O assaltante conseguiu alcançar Roverson e os dois entraram em luta corporal, até que o suspeito atingiu a panturrilha direita da vítima com uma facada. Depois de deixar o professor no chão, o bandido fugiu sem levar nada. Durante a luta, Raul gritou por socorro e alguns vizinhos saíram de casa para ver o que estava acontecendo. “Quando eu ouvi que era um assalto, fui na porta e vi que ele estava atracado com o bandido”, afirmou um dos moradores, que pediu anonimato.
Ainda de acordo com os vizinhos, o assaltante era pardo, usava calça jeans, camisa branca e estava com uma bolsa branca a tiracolo. Na fuga, ele tentou entrar em um táxi, chegou a acenar, mas o veículo não parou. O suspeito saiu correndo pela Rua Rocha Leal e até ontem não havia sido preso.
Golpe - De acordo com a família de Roverson, a faca atingiu a veia femoral da vítima. Ontem, ainda havia sangue no local do crime. O professor foi socorrido pelos vizinhos para o Hospital Geral Ernesto Simões Filho, no Pau Miúdo. “Ele estava perdendo muito sangue e chegou até a falar: ‘poxa, vou morrer’, quando a gente estava dando socorro”, disse um morador. A vítima deu entrada no hospital ainda consciente e conversando, mas não resistiu e morreu cerca de 50 minutos após os primeiros socorros. O tio acredita que Roverson reagiu ao assalto. “Ele não entregou o que o bandido queria, tentou fugir e aconteceu isso”, disse. (As informações do Correio)
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