Ademário Cerqueira de Jesus, 23 anos, foi executado pouco depois de sair de sua casa em Castelo Branco, segundo a Polícia Civil. Após ouvir testemunhas, a polícia descartou a versão que ele teria sido vítima de um latrocínio, ou assalto seguido de morte. O crime ocorreu por volta das 7h desta terça-feira (22), próximo à Escola Municipal Conselheiro Luiz Rogério, na terceira etapa de Castelo Branco. Ademário saiu de casa, na Rua 35, em direção ao trabalho, na Auto Part's Direção Hidráulica. Ainda próximo de casa ele recebeu diversos disparos de arma de fogo. A polícia não soube precisar quantos, nem aonde foram os tiros.
O jovem, que cursava pedagogia na Unime, foi socorrido ao posto médico de São Marcos, mas não resistiu. Segundo a polícia, o assassino já aguardava Ademário quando este saiu de casa. O caso será investigado pela 2ª Delegacia de Homicídios.
Outra versão - Familiares e vizinhos contam outra versão. Segundo eles, Ademário foi abordado por dois homens na Travessa Iara Silva, que fica a cerca de 150 metros de sua casa. Ele, que costumava andar com fone de ouvido, teria se assustado com o assalto. Os assaltantes teriam atirado nele e fugido com seu celular.
O estudante Neidson Brito, 22, amigo de infância de Ademário, conta como soube da notícia. "Acordei com os gritos da mãe dele. Levantei e me disseram que Ademário tinha levado um tiro. Subi a ladeira e correndo e me deparei com ele, de barriga pro chão e muito sangue". Neidson diz que cerca de oito pessoas estavam no local, uma delas viu Ademário abrir o olho. "Foi quando soubemos que ele tava vivo", conta.
Segundo vizinhos, Ademário era um jovem tranquilo, que "não bebia, nem tinha vícios". "Ele era uma pessoa de boa índole, extremamente educado, ninguém nunca viu ele brigando. Todo mundo aqui da nossa comunidade vai sentir falta", afirma Márcia Nunes, 27, moradora da mesma rua.
A irmã de Ademário, Mariana Cerqueira, estava bastante abalada, mas quis falar sobre o irmão. "Ele era inteligente, meigo, gentil, muito amado aqui na rua", lembra. Os pais de Ademário criaram seus quatro filhos na Rua 35, onde moram há 25 anos.
Protesto - Vizinhos e amigos realizaram um protesto horas após o crime. Cerca de 50 pessoas bloquearam a via Castelo Branco, na altura da segunda etapa, por volta das 11h. Eles seguiram em passeata até o fim de linha do bairro. Às 13h, guarnições da 47ª Companhia Independente da Polícia Militar (Pau da Lima) negociaram o término da manifestação. (As informações do Correio)
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