Salvador sofreu uma redução de 26,4% no número de voos nacionais e internacionais em um ano (na comparação entre junho de 2015 e junho deste ano), uma redução de 1.608 pousos e decolagens no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães. O cenário econômico do país, que diminuiu o poder aquisitivo e com isso a possibilidade de viajar, e a crise do turismo de negócios na cidade, causada pelo fechamento do Centro de Convenções da Bahia (CCB), são os fatores que levaram as companhias aéreas a readequarem suas linhas às demandas por voos de e para Salvador, motivando a queda da posição de destaque que até então exibia.
Na prática, Salvador está gradativamente ficando para trás. No acumulado dos três últimos meses (abril a junho), a movimentação de passageiros em Recife (PE) foi maior do que na capital baiana. O mesmo aconteceu no número de pousos e decolagens. Foram 13.553 no aeroporto de lá contra 13.510 no daqui.
Para o presidente da Salvador Destination - entidade de fomento do turismo na cidade -, Paulo Gaudenzi, o que pode ter ocasionado a perda da liderança no Nordeste foi a implantação de um “hub” (centro de operações no jargão aéreo) da Azul Linhas Aéreas em Recife, que passou a ofertar mais oito voos diários a partir da cidade. A Bahia teria sido cotada pela companhia em 2015, mas a transação não foi fechada.
O secretário estadual da Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, admite que o governo foi procurado pela Azul, mas que não poderia aumentar os benefícios dados à companhia, que só paga 5% de ICMS. “Não dá para reduzir mais”, falou.
Na opinião de Gaudenzi, a queda no número de passageiros também está relacionada com o fechamento do Centro de Convenções. “Grandes congressos deixaram de acontecer aqui, reduzindo o volume de negócios e de movimentação de pessoas”. (As informações do Correio)
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