A guerra de bastidores na qual se transformou a rusga entre Corinthians e o Clube dos 13 pode provocar uma saia-justa para o presidente corintiano, Andrés Sanchez. Pelo menos é essa a expectativa na entidade. Os dirigentes do C13 argumentam que, para concretizar a desfiliação, comunicada na quarta-feira, a diretoria alvinegra precisa da aprovação do Conselho de Orientação (Cori). Ocorre que o órgão é presidido por Antonio Roque Citadini, um dos principais desafetos de Sanchez no Parque São Jorge.
O ponto central da argumentação do C13 é o próprio estatuto corintiano. De acordo com advogados da entidade, a letra "p" do artigo 120, que trata das atribuições do Cori, determina que o conselho se posicione quanto ao tema. Diz o trecho: "Cabe ao Cori... Decidir, por proposta do Presidente da Diretoria, sobre a filiação ou não do Corinthians às entidades desportivas de hierarquia superior, e alteração substancial nos vínculos de relações sociais ou desportiva com associações congêneres."
Nesse caso, Sanchez seria obrigado a acionar sua base política, que se mostra forte, e dialogar com Citadini, cena pouco comum nos últimos anos. "O Andrés acha que por ser um regime presidencialista ele pode tomar certas decisões sozinho. Mas não é bem assim", observou o conselheiro vitalício, ex-vice de futebol e integrante do Cori, Rubens Gomes. "O Conselho não só tem poder para brecar decisões do presidente como pode até encaminhar sua destituição para uma Assembleia Geral." (As informações da Agência Estado)
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