Oito pessoas foram detidas e pelo menos três ficaram feridas em confronto entre ativistas e PMs ao fim do protesto dessa segunda-feira, 22, nas proximidades do Palácio Guanabara, sede do governo do Estado do Rio, em Laranjeiras, na zona sul da cidade. A manifestação, mantida a cerca de 200 metros do palácio, ocorreu de forma pacífica até as 19h45, quando ativistas lançaram um coquetel molotov na direção dos policiais. Um PM foi atingido e sofreu queimaduras.
Os PMs revidaram o ataque com bombas de efeito moral. Àquela altura, o papa Francisco já havia deixado o local. Segundo o advogado Carlos Viana e o estudante de Medicina Felipe Camisão, um rapaz foi atingido por um projétil de arma de fogo. "Ele estava com a namorada e foi baleado na perna. Ele estava com hemorragia e estancamos o sangue. Nós estávamos correndo e, depois que passamos pelo carro da polícia, ele percebeu que estava sangrando", contou o estudante.
A Secretaria Estadual de Segurança informou que a vítima se chama Roberto Caruso e não foi atingida por uma arma de fogo, mas por uma bala de borracha, que feriu sua perna esquerda. Ele foi conduzido ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro da cidade, cuja assessoria confirmou o ferimento por bala de borracha. O repórter fotográfico Marcelo Carnaval também foi atingido na cabeça.
Entre os detidos estão duas pessoas que filmavam os confrontos para veiculá-lo pela internet. "Foi um exemplo de censura. A PM me levou à força para averiguação", disse Felipe Peçanha, que foi liberado às 22h25. Seu colega, Felipe Assis, foi liberado logo em seguida. (As informações da Agência Estado)
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