Médicos obstetras que trabalham na maternidade do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), no Cabula, entraram em greve nesta quinta-feira, 27, por tempo indeterminado. Os profissionais reivindicam aumento no quadro de funcionários, melhorias na unidade e aquisição de novos equipamentos. Segundo João Paulo Farias, médico obstetra do HGRS, e que trabalha no local desde 1991, a principal questão é a falta de médicos.
"Os plantões estão desfalcados, o que tem levado a escalas de trabalho com dois e até mesmo um obstetra. Para atender à demanda e ainda orientar residentes e estudantes, deveriam ser quatro plantonistas. Também faltam materiais e equipamentos disponíveis 24 horas, como aparelho de cardiotocografia e ultrassom, o que é indispensável em uma unidade de alto risco", disse.
Segundo Farias, a greve foi a única alternativa que a categoria encontrou para pressionar a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab). "Não reivindicamos salários. Até porque muitos colegas estão para se aposentar. O hospital tem 35 anos e nunca houve melhorias na estrutura. Há apenas um sanitário para pacientes e acompanhantes, o qual foi improvisado e não cabe maca nem cadeira de rodas. Queremos ambiente de trabalho padrão Fifa", questionou.
Janete Santana dos Santos, gestante de nove meses, foi ao HGRS às 16h30 de ontem em busca de atendimento. Segundo a paciente, ela sentia fortes dores devido a uma infecção que adquiriu. (As informações do A Tarde)
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