Basta o céu ganhar um tom acinzentado para os moradores da Rua Alto do Pará, em São Caetano, madrugarem de olhos bem abertos e ouvidos aguçados ao menor ruído. “Quando chove, é muita água, muito sofrimento. As pessoas ficam amedrontadas, temendo que a terra desça”, conta a ambulante Rosângela Caldeia, 47 anos. Ontem, ela começou a ter esperança de que esse drama tenha um fim, após a assinatura da ordem de serviço para contenção da encosta, pelo governador Rui Costa, na localidade.
Esta e outras intervenções em quase 200 áreas de risco da capital foram feitas, estão em andamento ou já têm recursos garantidos pelo governo e pela prefeitura, a fim de evitar tragédias como as registradas em abril e maio, que vitimaram dezenas de pessoas. “A obra proporciona segurança de vida e sono tranquilo para estas pessoas. Ao mesmo tempo, vamos fazer algumas melhorias nessa rua”, declarou Rui, em São Caetano.
Na sexta, durante uma vistoria a obras de encostas em São Tomé de Paripe, no Subúrbio Ferroviário, o prefeito ACM Neto anunciou a criação do Plano Municipal de Defesa Civil, que será lançado dentro de 15 dias, junto ao envio de um projeto de lei à Câmara Municipal e outras medidas que devem trazer mudanças na área.
“A prefeitura está tomando todas as providências possíveis para trazer para cá o sistema mais moderno do Brasil”, afirmou ACM Neto, na ocasião, ao informar que o plano tem inspirações em outras cidades do Brasil e de outros países. Ao todo, a prefeitura pretende intervir, até o final do ano, em cerca de 100 áreas. Para 50 delas, já garantiu recursos federais da ordem de R$ 50 milhões. Segundo Neto, outras 15 encostas passaram ou passam por obras neste momento, com R$ 17 milhões em recursos próprios do município, desde 2013. Somente este ano, sete obras foram entregues. (As informações do Correio)
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