Mônica Moura, mulher do publicitário baiano João Santana, chegou sorrindo no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba (PR) para fazer o exame de corpo de delito, nesta terça-feira (23). O casal foi preso pela Polícia Federal hoje pela manhã, ao chegar ao Brasil. "Não vou baixar a cabeça, não", disse Mônica, segundo O Globo. Atrás da mulher, João Santana preferiu ficar em silêncio. Os dois chegaram com as mãos para trás, seguindo uma recomendação da PF. Eles não estavam algemados.
Eles seguiram para a capital do Paraná em um avião da PF, acompanhados do delegado da Operação Lava Jato Eduardo Mauat. O casal desembarcou no Aeroporto Internacional Afonso Pena, na Grande Curitiba, às 11h35 e, cerca de 40 minutos depois, chegou à sede da PF. Na tarde desta terça-feira, ele deverão seguir para o Instituto Médico Legal (IML), para realização de exames.
Na chegada ao Brasil, o casal, que veio da República Dominicana, estava acompanhado do advogado Fábio Tofic. Eles voaram na classe econômica de um voo comercial e sentaram juntos durante a viagem. Ao desembarcar em Guarulhos, foram ouvidos na sala da PF por cerca de 15 minutos pelo delegado da Lava Jato Eduardo Mauat, segundo informou um assessor do órgão.
Após ter a prisão decretada, Santana renunciou ao comando de campanha de Danilo Medina, enviando uma carta ao comitê nacional do Partido de La Liberación Dominicana. No texto, ele se defende do que chama de acusações "infudadas" e afirma que o Brasil vive um clima "de perseguição".
"Me dirijo a vocês porque, como é conhecido pelos meios de comunicação, acordei esta manhã com a notícia de que meu nome está sendo ligado a uma suposta trama relacionada com o financiamento de campanhas políticas no Brasil. Conhecendo o clima de perseguição que se vive hoje em meu país, não posso dizer que me tomou completamente de surpresa, mas ainda assim é difícil de acreditar", explica Santana na carta.
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