O advogado Fábio Tofic, defensor de João Santana e Mônica Moura, disse nesta quarta-feira (24) que os recursos do casal em contas no exterior não é fruto de corrupção ou de campanhas políticas realizadas no Brasil. Mônica prestou depoimento ontem durante cerca de três horas à Polícia Federal no Paraná. Segundo Tofic, ela conseguiu esclarecer todas as movimentações bancárias feitas fora do país. "Eles receberam recursos lícitos pelo trabalho honesto que fizeram ao longo de anos. Não são lavadores de dinheiro, não são corruptos, nunca tiveram contrato com o poder público. São trabalhadores honestos – gostemos, gostem ou não, dos clientes deles. Agora os recursos são lícitos, não envolvem campanha brasileira", explicou o advogado.
A Justiça suspeita que João e Mônica receberam US$ 7,5 milhões - sendo US$ 3 milhões da Odebrecht e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki - com dinheiro proveniente do esquema de corrupção na Petrobras. Segundo a Folha de S. Paulo, o casal vai reconhecer à polícia que o montante era fruto de caixa dois, mas vai tentar desviar as suspeitas para outros lugares onde ele também trabalhou com campanha política, como Argentina e El Salvador. "Está claro que ela e o João estão presos por um crime de manutenção de conta não declarada no exterior. Um crime pelo qual não existe uma pessoa presa neste país. Não vou dizer que é um crime leve, mas é um crime que não enseja prisão de qualquer cidadão desse país", disse Tofic. O publicitário baiano João Santana seria ouvido ontem, mas o depoimento foi adiado para esta quinta-feira (25).
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