O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) volta ao Senado nesta semana depois de passar quase três meses preso. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o ex-líder do governo ameaçou colegas quando ainda estava preso caso tentassem cassar o mandato. "Se me cassarem, levo metade do Senado comigo", disse a interlocutores, segundo a Folha. Ainda segundo a publicação, Delcídio estuda tirar licença de até 120 dias.
Caso tenha o mandato cassado, Delcídio perderia o chamado foro privilegiado e seu caso iria para a primeira instância. Segundo a Folha, lá seria analisado pelo juiz Sérgio Moro, do Paraná, que tem sido célere em suas decisões envolvendo réus da Operação Lava Jato.
Delcídio do Amaral era líder do governo no Senado quando foi preso, em 25 de novembro, acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. O filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró, gravou uma conversa na qual o senador oferecia R$ 50 mil para a sua família e um plano de fuga para que o ex-diretor não fechasse acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Na decisão que concedeu liberdade a Delcídio nesta semana, Teori Zavascki entendeu que a prisão de Delcídio poder ser substituída por medidas cautelares. “É inquestionável que o quadro factível é bem distinto do que ensejou a decretação da prisão cautelar: os atos de investigação em relação aos quais o senador poderia interferir, especialmente a delação premida de Cerveró, já foram efetivados, e o Ministério Público já ofereceu denúncia contra os agravantes”, decidiu o ministro.
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