A presidente Dilma Rousseff está nos Estados Unidos para participar, nests sexta-feira (22), de uma cerimônia na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) para a assinatura do acordo de mudanças climáticas. A presidente pousou em Nova York às 21h, horário de Brasília. Ela levou cerca de uma hora no percurso até a residência do embaixador da missão do Brasil da ONU, que é onde vai ficar hospedada. Ao chegar, Dilma foi recebida por um grupo de manifestantes contrários ao impeachment. Ela recebeu flores e acenou para as pessoas.
Com a viagem de Dilma, Michel Temer assumiu como presidente interino. Nesta quinta (21), ele deu uma entrevista ao "Wall Street Journal". Foi uma resposta antecipada às possíveis declarações de Dilma em Nova York. A manchete destaca: "vice-presidente do Brasil afirma estar pronto para assumir o comando". Ele disse que cada passo do impeachment foi feito de acordo com a constituição. E pergunta: “como isso pode ser um golpe?”. Temer também se refere à presidente: "ela diz que estou instigando o golpe e isso é perturbador", afirmou. Temer vai ficar no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente. Foi uma recomendação da equipe de segurança do governo. Temer continua como presidente em exercício até sábado (23), quando Dilma volta ao Brasil.
Dilma em NY - A expectativa entre assessores do Palácio do Planalto é que, no discurso que fará na OBU nesta sexta, a presidente aborde, além do acordo climático, o processo de impeachment que enfrenta no Congresso Nacional e se diga vítima de um "golpe", tese que vem sendo defendida pelo governo desde o ano passado, sob a alegação de que o processo não tem base legal.
Diante da avaliação de Dilma de denunciar o "golpe" no Brasil, parlamentares da oposição e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) criticaram a presidente e refutaram a tese. Para Celso de Mello, por exemplo, Dilma comete um "equívoco" quando fala em golpe porque a Corte já "deixou claro" que os procedimentos do processo respeitam a Constituição.
Acordo do Clima - Esse acordo envolve metas dos países signatários para reduzir a emissão de gases do efeito estufa, ampliar o uso de matrizes energéticas limpas e reflorestar áreas verdes desmatadas. (As informações da G1)
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