O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, admitiu em entrevista concedida neste sábado (23) que era necessário um plano de contingência para a ciclovia Tim Maia, que desabou na última quinta-feira (21). Ele defendeu que o local deveria ser interditado quando houvesse ressaca, mas a recomendação nunca foi feita pela Fundação Geo-Rio, órgão da administração municipal responsável pela fiscalização do projeto. "Não existe possibilidade de colocá-la (ciclovia) abaixo. Hoje parece meio óbvio que deveria haver um plano de contingência num caso de ressaca, que no mínimo as pessoas fossem informadas para não utilizar a ciclovia em caso de ressaca. Não houve nenhuma recomendação nesse sentido", disse Paes.
Na estrevista deste sábado o prefeito também informou que o presidente da Geo-Rio, Márcio Machado, pediu afastamento do cargo. O desabamento da ciclovia matou duas pessoas. A prefeitura já entrou em contato com as famílias das vítimas para prestar ressarcimento. "Nunca houve uma recomendação por parte da Geo-Rio para fechar a ciclovia quando há ressaca. Então, você provavelmente tem um problema estrutural, além de um não encaminhamento de uma operação de uma ciclovia naquelas condições. Em caso de ressaca, de mar alto, devia-se botar um aviso indicando que a ciclovia não deveria ter sido utilizada. A prefeitura que deveria ter feito isso. Me sinto totalmente responsável", confessou Paes.
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