segunda-feira, 21 de agosto de 2017

SINDICÂNCIA APONTA QUE APOSENTADORIA DE DILMA FOI IRREGULAR

Uma sindicância feita pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MSD) conclui que a ex-presidente Dilma Rousseff usou influência de servidores de carreira no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para agilizar sua aposentadoria pela Previdência, mesmo sem fazer agendamento. A informação é da revista Veja.

Uma reportagem da "Época", do ano passado, revelou que Dilma teve auxílio para conseguir receber o benefício sem entrar na fila de aposentados. Na investigação interna ficou comprovado que além de furar a fila do INSS Dilma conseguiu se aposentar mesmo sem estar de posse de todos os documentos necessários, ainda segundo Veja. A assessoria da ex-presidente divulgou nota afirmando que a aposentadoria dela "segue os rigores da lei".

Sem fila
De acordo com a revista Época, pouco depois da decisão do Senado de afastar a presidente, o ex-ministro da Previdência Carlos Eduardo Gabas foi a uma agência da Previdência Social e, com uma procuração em nome de Dilma, conseguiu obter o direito da petista de ter renda mensal de R$ 5.189,92, teto permitido pelo sistema previdenciário. A ex-presidente teve 40 anos, nove meses e dez dias contabilizados de contribuição – dos quais 13 anos foram em cargos do governo federal – e tinha acabado de perder seu salário de R$ 30.900.

Segundo a Época, não havia agendamento no sistema do INSS que garantisse o atendimento dela nem de alguém com uma procuração em seu nome. A aposentadoria “relâmpago”, afirma a publicação, foi organizada pelo chefe da agência, Iracemo da Costa Coelho, em uma reunião reservada. O tempo médio de obtenção do benefício na Previdência é de 74 dias.

Em resposta, Dilma e Gabas garantiram que não houve privilégio ou tratamento diferenciado e que a reunião já estava agendada há alguns meses, mas teve que ser adiada para um dia após o impeachment. A revista aponta que o processo para garantir a aposentadoria da petista teve início oito dias após o ex-presidente da Câmara dos Deputados, o ex-deputado Eduardo Cunha, aceitou o pedido de impeachment.

Em apenas um dia, foram registradas 16 alterações na ficha laboral de Dilma, em que foram validades, alterados ou excluídos vínculos trabalhistas desde 1975. Três auditores e técnicos da Previdência, consultados pela Época, informaram que o procedimento foi “incomum” ou “excepcional”. (As informações do A Tarde)

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