Uma intensa disputa por poder, que implantou o regime do medo no Residencial Nova Conceição, obra do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal em Feira de Santana, a 108 quilômetros de Salvador. Desde sábado, quando a Polícia Federal voltou seus olhos para o conjunto e deteve o chefe da firma de segurança Giovani Kennedy de Almeida, de 28 anos, apontado pelas autoridades como possível chefe da milícia que atua no conjunto, moradores se calaram e temem perder sua liberdade.
De acordo com quem vive no residencial, não haveria ainda no condomínio uma milícia armada. “O Juvenal Antena não mora aqui ainda, moço. Mas, na novela, ele até que era bom”, diz uma mulher, se referindo a novela Duas Caras, da Globo/TV Bahia, que retratava a atuação de milícias.
No entanto, eles revelam que as denúncias que também vem sendo apuradas pela Polícia Civil têm, como pano de fundo, a disputa pelo cargo de presidente da Associação de Moradores do condomínio. No sábado, após prestar depoimento em Salvador e retornar ao conjunto, Kennedy se reuniu com moradores e garantiu que a firma continua atuando, mesmo sem ter o registro para funcionar junto à PF.
Há cartazes colados nas entradas de alguns blocos confirmando a permanência da firma Contenção Segurança e do pagamento de R$ 20 pelos serviços de segurança particular e limpeza do condomínio — R$ 15 são para o pagamento dos quatro vigilantes que se revezam em dois turnos e os outros R$ 5, para as quatro moradoras que fazem a faxina nas áreas comuns. (As informações do Correio)
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