É na fé e na coragem que os grupos de ternos de reis mantêm viva a Festa da Lapinha. Com dificuldades financeiras, chegaram a pensar na hipótese de não mais se apresentar na noite desta quinta, 05, o que ocorrerá logo após a missa solene presidida às 19h30 pelo arcebispo de Salvador, dom Murilo Krieger. “Se eles não mais se apresentarem na Lapinha, correm o risco de perder sua identidade. Esta festa não é da paróquia, mas é festa dos ternos realizada por conta da celebração do dia da Epifania (quando os reis magos se apresentam ao Menino Jesus)”, explicou o pároco da Lapinha, padre Valnei Pamponet.
Na noite desta quinta, haverá a apresentação de seis grupos de ternos da capital – vindos de Brotas, Mussurunga, Liberdade, Pernambués, Lapinha e Coutos – e outros quatro do interior – de Saubara, Matarandiba, Jaguaripe e Jiribatuba. “Esta sempre foi a quantidade de ternos apresentada. A dificuldade que temos agora é o patrocínio. Mandamos projeto para o Fundo de Cultura, mas não recebemos nada”, reclama o presidente da União dos Tradicionais Ternos e Ranchos de Reis e Bailes Pastoris da Bahia, José Jerônimo Gomes.
O total de investimento solicitado para custear a apresentação dos dez ternos foi de R$ 76,048 mil. “Enviamos o projeto em agosto e não obtivemos resposta alguma. Diante disso, em dezembro encaminhamos uma carta ao governador para que interviesse em nosso favor. Mas também não tivemos resposta”, conta José Jerônimo. (As informações do A Tarde)
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