segunda-feira, 7 de outubro de 2013

BAIANAS DE ACARAJÉ IGNORAM DECISÃO JUDICIAL

Ignorando determinação judicial que proíbe o preparo de acarajés na areia das praias, as baianas mantiveram a produção e venda do quitute durante todo dia deste domingo, 6. Na faixa da orla que vai do Porto ao Farol da Barra, a equipe de reportagem de A TARDE contabilizou a presença de oito baianas de acarajé comercializando os quitutes na areia. Os tabuleiros também foram vistos montados em todo o trecho de praia que vai do Jardim de Alah até Patamares.

A resolução é de autoria do juiz da 13ª Vara Cível Federal, Carlos D'Ávila, que considera que a preparação do produto na areia pode ocasionar poluição ambiental. A determinação que, segundo assessoria da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), ainda não tem data para começar a vigorar, foi expedida na última terça-feira, 1º, após reunião entre representantes da prefeitura e da Associação das Baianas de Acarajé (Abam).

Segundo argumento do juiz, em contato com a areia da praia o dendê produz uma massa pastosa, que não é solúvel e polui a água do mar. Além disso, o azeite só evapora a 400°.

Licenciamento O juiz determinou, no entanto, que há possibilidade de elas serem licenciadas para preparar os alimentos na calçada e vender na areia. Baiana de acarajé há mais de 30 anos em Patamares, Dora Oliveira de Jesus, 60, não concorda com a resolução e afirma que vai permanecer no local até que seja remanejada pela prefeitura.

"Acho um absurdo proibirem. Já é tradição para os baianos e turistas irem à praia e comerem o acarajé feito na hora", disse.
Já a baiana de acarajé Maria do Socorro Freitas, que mantém um tabuleiro há 10 anos no Jardim de Alah, acredita que a determinação vai desempregar muitas quituteiras na cidade.

"Se eu não vender na areia, onde vou vender e ter meu sustento? Não ganho o suficiente para alugar um ponto. Vender na praia é a única opção", contou. Para a banhista Márcia Ferreira, 35, a determinação preza ainda pela segurança dos banhistas. "Era preciso que elas tivessem um lugar determinado. Seria melhor tanto para segurança quanto para limpeza das praias". (As informações do A Tarde)

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