Nove em cada 10 pessoas entrevistadas sobre os maiores problemas de infraestrutura de Salvador afirmaram que o trânsito e o transporte são os pontos que mais afligem os soteropolitanos. O levantamento, realizado pelo Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), ouviu 1.500 pessoas entre os dias 1º e 15 de outubro, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Para o vice-presidente do sindicato na Bahia, Claudemiro Santos Júnior, esses problemas são fruto da falta de um planejamento sério e consistente para a cidade.
Segundo ele, os investimentos em infraestrutura e mobilidade não acompanham o ritmo da expansão vigorosa da indústria automobilística.
Outros fatores, como os incentivos fiscais oferecidos pelo governo federal e a ascensão de uma parcela considerável da população à classe média, também contribuem para o aumento dos engarrafamentos.
Dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) apontam que o número de automóveis em Salvador apresentou um crescimento acumulado de 74,37%, na última década. Na RMS, o aumento foi três vezes maior: 230,32%.
Para o representante do Sinaenco, os impactos poderiam ser menores se grandes projetos para o transporte público saíssem do papel. Claudemiro acrescenta, ainda, que o metrô de Salvador - iniciado há 13 anos, com trens comprados em 2008 por US$ 100 milhões - custa o dobro do previsto inicialmente. "O projeto consome recursos sem estar em funcionamento", avalia. (As informações do A Tarde)
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