Cursos com maior demanda no país, como medicina, apresentaram um crescimento de 2,8% de 2011 para 2012, evolução considerada lenta em relação à média registrada no mesmo período, que subiu de 4,4% 2011 para 2012. Em áreas como engenharia de produção e de construção, o aumento foi de quatro vezes a mais em dez anos, o que fez passar o percentual de iniciantes nesses cursos de 84,7 mil em 2002 para 324 mil em 2012.
De acordo com o Censo do Ensino Superior de 2012, do Inep/MEC, o número de concluintes em medicina aumentou só 0,5% de 2011 para 2012. Na prática, é o mesmo que dizer que entraram cem médicos a mais no mercado em 2012 em relação ao ano anterior. "É importante aumentar o total de matriculados, mas não estamos aumentando exatamente nos cursos que mais precisam, por exemplo, medicina", avalia Fernando Luiz Abrucio professor da FGV e especialista em políticas públicas e educação.
Segundo o especialista, o fosso existente entre a demanda e a oferta de profissionais de medicina depende de outros fatores. "Mas mesmo que a gente tivesse uma 'super' política pública voltada ao aumento de quantidade de médicos com a criação de novos cursos, ainda assim demoraríamos alguns anos para ter resultados. A formação de médicos leva muito tempo," analisou. (As Informações da Folha)
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