terça-feira, 1 de outubro de 2013

BANCADA DO PSD APRESENTA MOÇÃO DE REPÚDIO CONTRA FEBRABAN E PRESIDENTE DE BANCOS

Após 12 dias de greve dos bancários e sem previsão de retorno, a bancada do PSD na Assembleia Legislativa da Bahia, não apenas cobra um posicionamento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e dos presidentes do bancos, como apresenta moção de repúdio no parlamento. Para os dez deputados que compõem o grupo, é inadmissível que sequer o que manda a legislação esteja sendo cumprido, que seria a abertura de 30% das agências bancárias.

“Segundo o próprio Sindicato dos Bancários da Bahia, menos de 3,5% do total de 295 agências estão funcionando e a população está tendo que se virar para não ter ainda mais prejuízos. Ou seja, 289 estão fechadas e isso é um absurdo e configura insensibilidade e falta de respeito para com os consumidores”, frisou o deputado estadual Alan Sanches e líder do PSD na Assembleia.

Alan Sanches frisou ainda que, diante dos lucros milionários do setor, o mínimo que se espera é que os empresários sentem-se à mesa com a categoria para negociar e colocar um fim no impasse, cuja expectativa é que seja estendido e eleve os transtornos para a população.

“Em nota publicada no site oficial do sindicato, a categoria explica que “entre junho de 2012 e junho deste ano, o lucro líquido chegou a R$ 59,7 bilhões, crescimento de 7% ante junho de 2011 e junho de 2012. Em 2013, o resultado promete ser ainda melhor. Para se ter ideia, o ganho do primeiro semestre foi de R$ 29,6 bilhões, alta de 18,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Então não justifica a falta de negociação”, reforçou Sanches.

Assinaram o documento os deputados Alan Sanches, Temóteo Brito, Ivana Bastos, Angêla Souza, Angêlo Coronel, Carlos Ubaldino, Maria Luíza Barradas, Maria Luíza Laudano e Rogério Andrade, que esperam uma retratação do órgão.

Reivindicações - A categoria quer reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Pede, ainda, fim de metas abusivas e de assédio moral que, segundo a confederação, adoece os bancários. Já a proposta da Febraban é de reajuste de 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc).

A proposta e de PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado), além de parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88. A greve atinge 49,5% das agências, considerando 21.500 agências no país.

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