O transtorno bipolar (TB) se caracteriza por alterações no humor que se manifestam em períodos específicos. Seu quadro clínico pode variar de fases de euforia ou mania seguidas de depressão ou vice-versa. Os sintomas durante a euforia são sensação de energia excessiva, inquietação, otimismo, ideias de grandeza, compras sem controle e irritabilidade.
A fase depressiva se caracteriza por tristeza, angústia isolamento social, falta de prazer, alteração de memória e atenção, ideias de suicídio, entre outros. Ambos os episódios se não diagnosticados adequadamente podem durar de semanas a meses e causar prejuízos no trabalho e nas relações interpessoais.
No intervalo desses altos e baixos, há os períodos de estabilidade emocional, chamado de remissão ou eutimia. Nesta fase, o indivíduo deve levar uma vida normal já que o TB é uma doença que não tem cura, mas pode ser tratada e controlada.
Embora atinja em torno de 4% da população geral (cerca de 7,5 milhões de pessoas), o sistema de saúde pública brasileiro ainda não prioriza a doença.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o TB é considerado a sexta causa de incapacitação entre todas as doenças médicas e o terceiro entre as psiquiátricas. Estima-se que cerca de 30% a 50% dos pacientes com essa doença tentam suicídio e 20% deles se suicidam de fato.
A presidente da ABTB (Associação Brasileira de Transtorno Bipolar), a psiquiatra e professora Angela Miranda Scippa, afirma que além do estigma e preconceito, "há deficiências na atenção básica à saúde no diagnóstico de doenças psiquiátricas como um todo, incluindo o TB". (As informações do A Tarde)
Nenhum comentário:
Postar um comentário