Em oito meses, a Prefeitura de Salvador aplicou R$ 21,4 milhões em investimentos próprios na cidade - o que corresponde a cerca de 0,5% do 4,1 bilhão do total do orçamento de 2013. O volume aplicado é quase cinco vezes menor do que o investido no mesmo período do ano passado, quando a prefeitura realizou R$ 102 milhões em investimentos. O baixo nível de investimento, alega o secretário municipal da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, é resultado do desequilíbrio entre receitas e despesas previstas no orçamento de 2013.
"Atualmente, com as medidas de incremento de receitas e de redução de despesas adotadas, já é possível vislumbrar um crescimento do nível de investimentos neste ano e no próximo", afirmou. Segundo o prefeito ACM Neto, a prefeitura deve fechar o ano de 2013 com o nível de investimento semelhante ao do ano passado. Para 2014, no entanto, a perspectiva é de mais recursos em caixa para investir na cidade. Até 2016, a meta da prefeitura é chegar a 16% do orçamento voltado para investimento.
Este ano, os R$ 21,4 milhões investidos pela prefeitura até agosto foram aplicados em obras de drenagem, infraestrutura viária, construção e aparelhamento de escolas e postos de saúde.
Arrecadação - Os números foram apresentados na audiência pública em que foi apresentado balanço fiscal do segundo quadrimestre de 2013, realizada nesta segunda-feira, 30, no Centro Cultural da Câmara Municipal. Na apresentação, o secretário Mauro Ricardo Costa destacou o ajuste fiscal em curso pela prefeitura, que já permitiu ampliar a arrecadação e reduzir despesas. Até agosto, a prefeitura arrecadou R$ 2,8 bilhões, o que representa um acréscimo real de 5,6%, já descontada a inflação. Um dos principais fatores para esta ampliação foram as mudanças no Imposto de Transmissão Inter Vivos (ITIV), que já resulta num incremento de 22,3% em relação ao ano passado.
O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) teve um incremento de 15,4% entre janeiro e agosto, em relação ao mesmo período de 2012. Já o Imposto Sobre Serviços (ISS) teve incremento de 10,3%. Contudo, vem crescendo num nível mais baixo que em 2012 e em 2011. "É um número que preocupa, pois mostra que a cidade está crescendo menos, com um nível menor de atividade econômica", afirma o vereador oposicionista e auditor fiscal Silvio Humberto (PSB).
Despesas
O relatório aponta uma queda de 7,8% - inclusa a inflação - nas despesas correntes da prefeitura, que vinha numa rota de alta nos dois anos anteriores, com avanços de 8% em 2011 e 13% em 2012. "Vemos uma clara redução das despesas com custeio da máquina, resultado dos cortes de gastos e de um forte trabalho de renegociação de contratos", destaca o vereador Cláudio Tinoco (DEM). (As informações do A Tarde)
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