Moradora de Castelo Branco, a aposentada Maria Paulina dos Santos, 76 anos, já teve a alegria de receber a conta de luz zerada. Isso foi possível através do Vale Luz, da Coelba, que troca recicláveis por desconto na conta de energia. A novidade é que o programa, que está presente em 30 comunidades carentes de Salvador, será ampliado para bairros de classe média até 2016. Também já há estudo em curso para analisar a viabilidade de levá-lo para o interior. Atualmente, só são beneficiados moradores da capital.
“Nossa ideia é agregar parceiros que gerem esses resíduos. Reduzindo os resíduos vamos conseguir economizar energia na criação desses material. A reciclagem das latas, por exemplo, gera uma economia de 90% a 95% de energia em relação à energia necessária para produção de uma lata nova”, explica a gerente de Eficiência Energética do grupo Neoenergia, do qual a Coelba faz parte, Ana Christina Mascarenhas.
Além de reduzir o valor da conta de energia, o projeto Vale Luz tem o objetivo de estimular o uso racional dos recursos naturais e minimizar os impactos negativos causados pelos resíduos no meio ambiente, estimulando a reciclagem. Para cada mil quilos de alumínio que se recicla, por exemplo, poupa-se aproximadamente cinco mil quilos do minério bruto. O projeto tem um custo mensal para a Coelba de R$ 80 mil.
São aceitos para reciclagem: metal (latas de alumínio e ferro), papel (papel branco, revista, jornal, panfleto), papelão e plásticos (garrafas pet, embalagens de detergente e produtos de higiene, água sanitária).
Para garantir a economia, na vizinhança de Maria Paulina todo mundo já sabe: se tiver latinha de reciclável, tem que guardar pra ela. A cada 15 dias, ela coleta e vai entregar no caminhão da Coelba que passa no bairro, ritual que é repetido em 30 comunidades. “Antes a minha conta de luz era R$ 80, R$ 60, agora é R$ 20, R$ 10, R$ 5, R$ 1 e já teve mês de vir até zerada”, conta. O desconto funciona da seguinte forma: após os recicláveis serem pesados, o consumidor tem o crédito na conta debitado em um cartão. “Onde há o projeto, as comunidades ficam mais limpas e os consumidores mais adimplentes”, destaca a aposentada. (As informações do Correio)
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