sábado, 3 de outubro de 2015

SUSPEITO CONFESSA QUE ATIROU APÓS POLICIAL SE IDENTIFICAR DURANTE ASSALTO

Depois de ser baleado, dar entrada no Hospital do Subúrbio, receber alta e ir pra casa, Vitor Vagner Matos Neri, 28 anos, suspeito de atirar na cabeça do policial rodoviário federal Marcelo Caribé Carvalho, 28, durante assalto a uma barraca na Pituba, no dia 24, resolveu se entregar ontem à polícia.

Ele foi apresentado à imprensa, à tarde, na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Pela manhã, foram apresentados Idenivaldo Santos de Oliveira, 33, e Paulo Tiago Rabelo dos Santos, 23, apontados como os comparsas de Vitor na ação que resultou na morte do agente.

Segundo o titular da Delegacia de Homicídios Multiplos (DHM), delegado Odair Carneiro, responsável pela investigação do caso, parentes do autor do disparo avisaram à polícia que ele iria se entregar na sede da Polícia Civil, na Piedade. Enquanto Vitor se deslocava, na companhia de um advogado, para o local, policiais o capturaram, ainda no bairro.

“Familiares de Vitor contactaram o policial e coordenador do SI (Serviço de Investigação) da 6ª Delegacia (Brotas), Paulo Portela, e prometeram que ele se entregaria. Logo no final da manhã, ele marcou na Piedade. Juntamente com equipes do DHPP, da 6ª DT, da força-tarefa composta pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), PF (Polícia Federal) e Superintendência de Inteligência, concretizamos a prisão”, explicou o delegado.

O crime - Após ser preso, Vitor foi conduzido ao DHPP, onde foi ouvido pelo delegado e confessou ter atirado no policial depois de o agente se identificar durante o assalto. “Vitor disse que, na hora que ele estava apontando a arma para um cliente da barraca, o policial rodoviário chegou por trás e disse ‘quieta, quieta! Polícia!’. Ele, então, se virou e deu um tiro na cabeça do policial”, contou o delegado.

Caribé, que era lotado em Porto Velho (RO), era policial há seis meses. Um dia após o crime, o delegado Marcelo Sansão, do DHPP, disse que o fator da inexperiência pode ter influenciado no momento da reação ao assalto.

Confusão de informações -
Durante a apresentação de Vitor, ontem, o delegado Odair Carneiro informou que o suspeito chegou a ser baleado por policiais numa troca de tiros em Cosme de Farias, na quarta-feira, e buscou atendimento no Hospital do Subúrbio, usando nome falso.

“Ele foi baleado na noite da quarta-feira, em Cosme de Farias, e deixou o hospital na manhã seguinte, às 12h”, disse o delegado. “Entrou lá com outro nome, na madrugada, dizendo que foi assaltado. No outro dia, solicitou alta médica e saiu pela portas dos fundos. Solicitou alta porque no local onde estava tinham outras pessoas baleadas e alguns policiais chegaram para interrogar essas pessoas. Ele ficou desconfiado e resolveu sair”, completou Carneiro.

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