Ao lado da secular Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no bairro do Comércio, o cenário é desolador. O casarão de número 34, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), teve desabamento parcial há 53 dias, e os escombros oferecem risco à vida de transeuntes. A construção não está escorada e as paredes, visivelmente, ameaçam cair. Vândalos entram com frequência para pegar materiais e usar drogas no prédio semidestruído.
A falta de comunicação ou entendimento entre a Irmandade da Conceição da Praia, dona do imóvel, e órgãos públicos responsáveis – Prefeitura Municipal e Iphan – pode justificar a ausência de ações emergenciais para reduzir riscos no local.
Marcos Cidreira, coordenador do Escritório Municipal de Revitalização do Comércio, diz que os órgãos da prefeitura aguardam autorização do Iphan para que possam retirar os escombros e avaliar o risco do imóvel. Segundo Marcos, as autorizações foram solicitadas, mas não houve resposta.
Entretanto, o Iphan informou que desde o dia 5 de maio autorizou o município a realizar a demolição da fachada lateral e também a implantação de escoras para segurar as ruínas do casarão. O superintendente do Iphan, Carlos Amorim, esclarece que não é preciso autorização para avaliação de risco, nem para liberação da passagem para pedestres na via pública. Carlos ressalta que esse tipo de autorização só é necessária para limpar a área interna do casarão e, caso haja risco de desabamento, para a demolição ou escoramento.
O superintendente afirma ainda que se o proprietário não tiver condições financeiras para fazer o escoramento, ele deve comprovar isso ao Iphan para que o órgão arque com o custos. “Aguardamos a manifestação da irmandade, que somente informou, mas não demonstrou que não tem recurso”. (As informações são do A Tarde)
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