quarta-feira, 23 de junho de 2010

LULA VOLTA A DEFENDER MUDANÇAS NO BANCO MUNDIAL E FMI

Depois da assinatura de oito acordos de cooperação em áreas de defesa, saúde, agricultura, cultura e educação, entre Brasil e Angola, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em discurso no Itamaraty, durante o almoço oferecido ao presidente angolano, José Eduardo dos Santos, que vai voltar a pregar em Toronto, no fim de semana, na reunião do G-20, a necessidade de mudanças nas políticas do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) e na conduta deles em relação aos países pobres e em desenvolvimento.

"É preciso que o Banco Mundial e o FMI abandonem de uma vez por todas seus dogmas obsoletos e com condicionalidades absurdas", atacou Lula, ao acrescentar que "o maior desequilíbrio no mundo de hoje é o que separa países ricos e pobres".

Para o presidente Lula, "o desenvolvimento da África, da Ásia e da América Latina contribuirá diretamente para a promoção do crescimento global e para a diminuição desse nefasto e inaceitável desequilíbrio". "É essa a mensagem que o Brasil levará à Cúpula do G-20, de Toronto, no próximo fim de semana", afirmou ele, ao salientar que "a reforma das instituições globais não pode ignorar a crescente importância da África e da América do Sul" já que as duas economias "estão entre as mais dinâmicas do mundo e entre as que primeiro retomaram o crescimento após a crise financeira".

Lula lembrou que a economia angolana cresceu em ritmo acelerado, dobrando o seu PIB nos últimos sete anos e citou que o Brasil contribuiu para este êxito com o aumento do intercâmbio entre os dois países. "O intercâmbio bilateral mostra a força de nossas relações: entre 2002 e 2008 elevou-se mais de 20 vezes, passando de US$ 211 milhões a US$ 4,2 bilhões, o que faz de Angola um dos principais parceiros do Brasil na África", declarou, em discurso, depois de defender a parceria estratégica entre os dois países. (As informações são da Agência Estado)

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