O adiamento da capitalização da Petrobras de julho para setembro pode custar à estatal a perda do grau de investimento em pelo menos uma das três principais agências que avaliam o indicador. A companhia possui certa "folga" nas classificações da Standard & Poor?s e da Moody?s, mas está perto do limite na avaliação da Fitch. Ontem, a estatal anunciou acordo para tomar US$ 1 bilhão em financiamento norueguês.
Nenhuma das agências de classificação comenta o assunto e há certa expectativa não só do mercado, como também da própria Petrobras, de que haja "bom senso" na avaliação. "Tendo o processo de capitalização já sido iniciado e aprovado por seus acionistas, é uma questão de tempo. Portanto, o endividamento já tem solução próxima prevista", comentou um analista financeiro que ainda aposta na manutenção do indicador.
Segundo seus cálculos, a Petrobras deverá anunciar no balanço do segundo trimestre de 2010 um volume de investimentos maior que a geração de caixa no período - a exemplo do que já ocorreu no primeiro trimestre, quando gerou R$ 15 bilhões e investiu R$ 17 bilhões.
Tradicionalmente, lembra o analista, a companhia eleva seus investimentos no segundo e no terceiro trimestres, que possuem um maior número de dias úteis, sem aumento de caixa equivalente. (As informações são da Agência Estado)
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