terça-feira, 6 de julho de 2010

CORRIDA PRESIDENCIAL PREVÊ QUASE MEIO BILHÃO DE REAIS EM DESPESAS

A disputa presidencial em 2010 deve movimentar até R$ 463,5 milhões em recursos, total das previsões dos nove candidatos que registraram candidaturas nesta segunda-feira (5) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O valor é, por exemplo, quase quatro vezes superior à verba de R$ 101 milhões que o governo federal prevê empregar em todo o ano de 2010 no combate à violência sexual infantil. Equivale ainda a 42% de todas as ações previstas para o ano pelo Ministério da Saúde para ações específicas de prevenção e assistência a portadores de Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, orçadas em R$ 1,1 bilhão.

Quem prevê a campanha mais cara é a candidatura de José Serra (PSDB): R$ 180 milhões. O valor é superior, por exemplo, aos R$ 158 milhões do orçamento de educação para 2010 da cidade de Londrina (PR), de 510 mil habitantes. O teto de despesas estimado por Serra é 14% superior ao limite de R$ 157 milhões apresentado pela candidatura de Dilma Rousseff (PT), a segunda estimativa mais alta.

Os gastos estimados pelo PT superam o orçamento anual de R$ 132,8 milhões do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte. A unidade faz 39,6 mil consultas, 3.500 atendimentos de urgência e 98 mil exames por mês.

Em terceiro lugar no ranking das estimativas de gastos, a campanha de Marina Silva (PV) prevê R$ 90 milhões em despesas na campanha. Valor superior aos R$ 67 milhões que haviam sido gastos pelo Ministério do Meio Ambiente de janeiro até 14 de dezembro de 2009 em prevenção e combate ao desmatamento, um dos principais programas da pasta. Os dados são da ONG Contas Abertas.

Os outros dois candidatos que estimaram gastos de campanha na casa dos milhões são José Maria Eymael (PSDC), com R$ 25 milhões, e Levy Fidelix (PRTB), com R$ 10 milhões. As estimativas mais modestas vieram das candidaturas do campo da esquerda: Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), com R$ 900 mil, José Maria de Almeida (PSTU), com R$ 300 mil, Ivan Pinheiro (PCB), com R$ 200 mil, e Rui Pimenta (PCO), com R$ 100 mil. (As informações são do G1)

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