As delegadas Ana Maria dos Santos e Alessandra Wilke foram afastadas nesta segunda-feira (19) do inquérito sobre o desaparecimento de Eliza Samúdio, ex-amante do goleiro Bruno. Quem passa a comandar o caso é o chefe do Departamento de Investigações, Edson Moreira. Fundamental para esta decisão foi o vazamento de um vídeo gravado durante a transferência de Bruno do Rio para Minas Gerais que foi divulgado na noite de domingo pelo programa Fantástico.
Nas imagens, Bruno reitera sua inocência e mostra desconfiança em relação ao seu amigo e funcionário Macarrão, que teria dito a ele que deu dinheiro a Eliza e que a modelo sumiu depois, deixando para trás o filho, o bebê Bruninho. Bruno disse que chamou a ex-mulher, Dayanne, para ficar com o neném.
Depois de ver a entrevista, o pai de Eliza, Luiz Carlos Samudio, disse que acredita que Bruno não tenha matado Eliza, mas seja o mandante do crime. "O Bruno é muito covarde para ter matado minha filha. Ele não encostou a mão nela, mas mandou matá-la", disse. Luiz Carlos pretende viajar para Belo Horizonte ainda nesta semana para acompanhar de perto as investigações.
Bebê está com a mãe de Eliza
Também nesta segunda, o advogado Ércio Quaresma, que defende Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, disse que o cliente foi agredido enquanto prestava depoimento em Belo Horizonte. De acordo com o advogado, Macarrão levou um tapa no peito tão forte do delegado que chegou a cair no chão. Quaresma disse que irá exigir que seja feito um exame de corpo de delito em Macarrão, que no momento está preso no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem.
Quaresma também comentou o vídeo divulgado ontem, dizendo que ele foi gravado "sorrateiramente". "Pela espontaneidade com que Bruno conversa, ele pode estar externando a verdade ou interpretando um papel. Não sei. Ainda não falei com ele. Não sei se ele sabia que estava sendo alvo de gravação", afirmou ao G1.
Outro fato novo foi divulgado nesta segunda: ex-esposa de Bruno, Dayanne Souza, disse que viu Eliza no sítio em Esmeraldas no dia 10 de junho, data posterior ao que a polícia acredita que tenha sido o crime. Em seu depoimento, Dayanne disse que Bruno pediu que ela ficasse com o filho de Eliza porque esta teria saído para "fazer compras".(Informações são do Correio*)
Letícia Rastely
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