Os vereadores de Mucuri (892 km de Salvador, no extremo sul da Bahia), Manoel Negino e Justina Souza Cruz, e o ex-parlamentar da cidade, Agripino Botelho, tiveram a prisão preventiva decretada por volta das 23h desta segunda-feira, 26. Eles, agora, são considerados foragidos da Justiça.
Os parlamentares são acusados de receber propina de empresários interessados na aprovação do Projeto de Lei 011/2011, que amplia a zona urbana do município. A segunda aprovação ocorreu no dia 19 deste mês. Seis vereadores e três empresários envolvidos no esquema, desbaratado na semana passada, estão presos.
O advogado Luiz Carlos Júnior, que está na defesa da vereadora Justina Souza Cruz, mais conhecida como Tina, disse que a parlamentar iria se entregar à polícia ainda na noite desta segunda-feira, 26, mas até as 10h30 desta terça isso não tinha ocorrido, conforme A TARDE apurou junto à polícia.
“Não posso dizer nada ainda em defesa dela, pois não tive acesso ao processo”, limitou-se a dizer o advogado da vereadora. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), que denunciou nesta terça-feira os oito parlamentares e os três empresários, a vereadora Tina recebeu R$ 5 mil de propina e ganharia ainda mais um terreno no valor de R$ 20 mil. Os advogados de Manoel Negino e Agripino Botelho não foram localizados.
O caso - Na segunda-feira, 26, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), negou pedido de habeas corpus dos seis vereadores presos preventivamente, desde a quinta-feira, 22. Na Câmara de Mucuri restou apenas a vereadora Maria das Graças, que assumiu no lugar de Botelho, após este ter renunciado ao cargo em 6 de outubro deste ano.
Os parlamentares presos são o presidente da Casa, Carlos Gonçalves de Souza, o Tavinho; Roberto Correia Bastos, conhecido como Nicó; Gisele Aparecida Seguro Gazzinelli; Roberto Alves dos Santos; Márcio de Jesus Machado; e Wilson Pereira Cabral. Este último, por ser tetraplégico e necessitar de cuidados especiais, o que não encontraria numa carceragem de delegacia, está preso em casa.
Os empresários Arlei Francisco Vercov, Alam Gomes Santos e Wilson Campos dos Santos, vereador em Nova Viçosa e preso na condição de sócio do Loteamento Caribe, também continuam na carceragem da Delegacia de Teixeira de Freitas.
Na operação da semana passada, além das prisões, houve apreensão de R$ 20 mil em espécie, quatro armas de fogo e R$ 200 mil em cheques pré-datados. Na casa do vereador Wilson Pereira Cabral foram apreendidas duas escopetas, uma calibre 20 e outra calibre 12, e um revólver 38. (As informações do A Tarde)
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