O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) disse nesta terça-feira que "jamais" teve qualquer atuação no esquema de jogo ilegal do contraventor Carlinhos Cachoeira. Ao longo de duas horas de depoimento ao Conselho de Ética da Casa, Demóstenes tem feito questão de rebater uma a uma as acusações de que, como sócio oculto de Cachoeira, teria atuado em defesa dos interesses do contraventor.
"Eu jamais tive participação em qualquer esquema de jogo ilegal", disse. Em sua defesa, Demóstenes citou entrevista da subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques ao jornal O Estado de S. Paulo em que ela disse que não havia elementos para investigá-lo perante o Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento com jogos de azar, patrocinado por Cachoeira. Demóstenes admitiu ter recebido o Nextel do contraventor, mas, citando novamente a subprocuradora, disse que o fato "não é crime".
O senador disse que nunca foi "lobista" da liberação dos bingos, proposta que está em tramitação na Câmara dos Deputados. Grampos telefônicos feitos na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, sugeriram a atuação do parlamentar. "O projeto continua onde sempre esteve", disse. "Digo aos senhores: que lobista sou eu que não procurei nenhum colega para aprovar a legalização de jogo?", disse.
Demóstenes afirmou que não voou em nenhum táxi aéreo pago por Cachoeira ou alguém do grupo dele. Um diálogo da PF aponta que um fretamento de R$ 3 mil teria sido pago por Cachoeira. Mas o parlamentar disse que a conversa, truncada, foi transcrita de "forma errônea". (As informações da Agência Estado)
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