Após uma reunião com representantes do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps), realizada na manhã desta terça-feira (29), o secretário municipal de transportes e infraestrutura, José Matos, encaminhou para análise técnica a proposta dos empresários de reajuste da tarifa de ônibus de Salvador.
O encontro não teve caráter deliberativo, portanto não foi discutida a possibilidade de elevação da tarifa dos ônibus na capital baiana, de acordo com informações da Secretário Municipal de Transportes e Infraestrutura (Setin). O órgão agora aguarda a análise do pedido dos empresários do setor para iniciar uma discussão sobre a elevação da tarifa.
O pedido de "realinhamento tarifário" foi feito "após avaliação do impacto resultante do reajuste salarial e de benefícios concedidos pela Justiça do Trabalho, na sexta-feira (25), como resultado do julgamento do dissídio coletivo dos trabalhadores rodoviários".
No julgamento do dissídio, na sexta-feira, a desembargadora Maria das Graças Boness relatou que um conjunto formado por quatro desembargadores concedeu, após debate e votação, um aumento de 7,5% para a categoria, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além do aumento do tíquete-refeição, de R$ 10,60 para R$ 11,22, e o retorno do quinquênio - benefício concedido a cada cinco anos de trabalho na empresa.
Segundo os empresários do setor, com a decisão de aumento salarial para os trabalhadores o custo da tarifa, por passageiro, subiu de R$ 2,96 para R$ 3,15, daí a necessidade de repassar o custo para os usuários do sistema de transporte coletivo.
O Setps argumenta ainda que o pagamento do quinquênio para os trabalhadores, o aumento no custo mensal fica em torno de R$ 700 mil. Além disso, a soma do reajuste salarial (7,5%) e outros benefícios gera um impacto da ordem de R$ 5,9 milhões mensais para os empresários. Desta maneira, as despesas com pessoal subiria de 46,7% para 49,7% na planilha geral de custos.
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