Os rodoviários decidiram terminar a greve da categoria, iniciada na última quarta-feira, dia 23, neste sábado, 26. O movimento, que durou quase quatro dias, foi encerrado após assembleia realizada pelos trabalhadores no Sindicato dos Eletricitários, durante esta manhã. O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Manoel Machado, determinou que os ônibus saissem às ruas imediatamente.
Segundo ficou decidido, a categoria resolveu aceitar a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) tomada em audiência na sexta, 25. Os desembargadores do TRT determinaram aumento de 7,5% dos salários, retorno do quinquênio e aumento do valor do ticket refeição, de R$10,77 para R$ 11,22.
Em nota oficial encaminhada à imprensa nesta manhã, Machado explicou que o percentual conquistado cobre a inflação e proporciona mais de 2% de ganho real. “É até o momento o maior reajuste já fechado pela categoria rodoviária no país este ano”, avaliou.
Para o diretor Hélio Ferreira, a volta do quinquênio que era uma das principais reivindicações dos rodoviários, foi um dos motivos para o retorno ao trabalho. “A cada cinco anos trabalhados na mesma empresa, o rodoviário terá de volta 5% a mais sobre o salário. Com isso uma parte da categoria terá até 17,5% de reajuste”, diz Ferreira. O desconto referente aos dias parados será parcelado.
De acordo com Jorge Castro, assessor de Relações Sindicais do Sindicato das Empresas de Transporte (Setps), os ônibus já estão voltando a rodar e a situação deve estar normalizada até o final da tarde.
Questionado sobre a decisão do TRT, Castro pronunciou: "As empresas têm que acatar o que a justiça determinou". O assessor disse ainda que não é o momento de discutir um eventual aumento da tarifa. Mas observou que as empresas solicitaram reajuste à prefeitura no final do ano, mas o pedido não foi acatado pela administração municipal.
O Setps avalia em R$ 4 milhões o impacto do reajuste salarial e de benefícios
concedidos pela Justiça aos rodoviários. Somente com o pagamento do quinquênio, as empresas calculam um desembolso de pelo menos R$ 700 mil. (As informações do A Tarde)
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