Em assembleia realizada no Sindicato dos Eletricitários, no bairro de Sete Portas, os rodoviários decidiram não acatar a decisão judicial de retorno imediato ao trabalhos, decretado por desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na tarde desta sexta-feira, 25.
Embora tenha considerado o movimento legal, mas abusivo, a Justiça determinou, em reunião realizada na sede do TRT, que os rodoviários voltassem imediatamente aos trabalhos, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, caso a determinação não seja cumprida.
No julgamento do dissídio, os desembargadores do TRT determinaram aumento de 7,5% dos salários, retorno do quinquênio e aumento do valor do ticket refeição, de R$10,77 para R$ 11,22. Os rodoviários não ficaram satisfeitos com as determinações judicais e decidiram, em acordo coletivo da categoria, manter greve.
Caso os profissionais não voltem aos trabalhos, o Sindicato dos Rodoviários deverá pagar multa diária de R150 mil e Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps) multa diária de R$ 25 mil.
Caso as partes não concordem com o resultado, podem recorrer em até oito dias ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, o que não anula o efeito da decisão do TRT baiano até a avaliação do recurso.
Terceiro dia - Na manhã desta sexta-feira, 25, os ônibus saíram das garagens das empresas escoltados por policiais militares para pegar os motoristas e cobradores para trabalhar, mas os funcionários não foram encontrados nos bairros.
A Justiça determinou que 60% da frota de ônibus estivesse nas ruas no horário de pico (período de maior movimento das 5 às 8h e das 17 às 20h) e 40% nos demais horários. O não cumprimento cabe multa diária de R$ 50 mil. A decisão judicial também prevê que o sindicato do patronato forneça meios para que os trabalhadores cheguem às garagens.
Com a paralisação, os pontos de ônibus estão cheios na cidade e mais uma vez a população recorre aos micro-ônibus do Transporte Complementar e veículos clandestinos. A Transalvador diz que intensificou a fiscalização para flagrar irregularidades. (As informações do A Tarde)
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