O governo analisa a possibilidade de fixar um percentual entre 70 e 80 por cento da Selic, hoje em 9 por cento ao ano, como teto de correção da caderneta de poupança, informou uma fonte que acompanha as negociações da mudança nas regras da aplicação.
No entanto, o governo encara a dificuldade de ter de lidar, no futuro, com uma eventual política monetária que, por necessidade de controle da inflação, volte a elevar muito a Selic.
Isso alimentaria, como ressaltou a fonte, os riscos de encarecimento do crédito imobiliário e rural. Por lei, 65 por cento dos depósitos na caderneta de poupança são destinados a financiamentos habitacionais, segundo o Banco Central.
Na poupança rural, que basicamente está concentrada no Banco do Brasil, o percentual vai a 68 por cento. Atualmente, o estoque da poupança é de pouco mais de 430 bilhões de reais, segundo dados do BC. "Nesses estudos do governo, há uma interrogação sobre as consequências de uma situação em que a taxa Selic volta a subir", informou a fonte.
A fixação de um teto de correção atrelado à taxa Selic é prevista em duas propostas, sempre para depósitos acima de 50 mil reais. Nas contas de até 50 mil reais, continuariam com as regras atuais.
Na primeira, o governo estabeleceria um teto de correção entre 70 e 80 por cento da Selic, eliminando os juros mensais atuais de 0,5 por cento e a incidência da Taxa Referencial (TR) e mantendo a aplicação isenta da cobrança do Imposto de Renda. (As informações da Agência Reuters)
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