O corpo de Dona Canô é velado na noite desta terça-feira (25) no Memorial Caetano Veloso, em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo baiano. Rodrigo Velloso, um dos filhos da matriarca, comentou a morte da mãe. "Foi uma data bonita (que ela morreu), mas acabou com o nosso Natal. Marca muito", afirmou.
Ele também comentou o último mês de vida da mãe, dizendo que a morte do arquiteto Oscar Niemeyer, no dia 5, a abalou muito. "Eu disse para (Maria) Bethânia: 'Tô achando minha mãe meio jururu...' Ela comentava com a gente: 'Você viu, Niemeyer também nasceu em 1907'. Por causa disso, sugerimos levá-la para um hotel, o Othon, em Salvador, onde ela gostou muito de ficar na época do show de Bethânia (no dia 1º de dezembro)", disse o filho.
Rodrigo falou ainda do desejo da mãe de morrer em casa, e não em um hospital, dizendo que ela repetia o tempo todo "Quero ir para Santo Amaro, quero morrer em minha casa". Caetano então disse que a família a levaria "na raça". Para receber a alta médica do Hospital São Rafael, onde Dona Canô foi internada no dia 15 após sofrer uma isquemia cerebral, foi preciso que fosse assinado um termo de responsabilidade, já que os médicos temiam que ela não suportasse a viagem para Santo Amaro.
Dona Canô morreu aos 105 anos na manhã desta terça-feira. O corpo será sepultado na manhã de quarta em Santo Amaro. O governador Jaques Wagner, que foi à cidade prestar solidariedade hoje, decretou luto oficial de três dias na Bahia. (As informações da Agência Folhapress)
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